Fonte: Jornal da Ciência, Janes Rocha.
Em webinar promovido pela Academia Brasileira de Ciências, especialistas apontam avanço do desmatamento como um dos principais responsáveis pela proliferação de vírus letais nos últimos anos.
Enquanto as atenções do mundo se voltam para a covid-19, outras doenças já muito conhecidas como chicungunha, dengue, febre amarela e zika continuam avançando em ritmo acelerado. A disseminação dessas zoonoses está comprovadamente associada à devastação do meio ambiente.
A derrubada das florestas obriga os vírus a procurar novos hospedeiros, conduzindo-o, direta ou indiretamente, às aglomerações humanas. Se nada for feito, epidemias – sejam novas ou velhas – podem surgir e ressurgir.
O alerta é do médico paraense Pedro Fernando da Costa Vasconcelos que, ao lado da ecóloga Mercedes Bustamante e da socióloga Elisa Reis, chamou a atenção para a tragédia das doenças que vinham em alta nos últimos anos, especialmente nos países em desenvolvimento, e que ficaram momentaneamente ofuscadas pela pandemia do coronavírus.
Os cientistas falaram durante o segundo webinar transdisciplinar “O mundo a partir do coronavírus”, realizado terça-feira (14/4) pela Academia Brasileira de Ciências (ABC).